A integração de dados leva a fusões bem sucedidas

As transações de M&A bem sucedidas não aparecem totalmente delineadas. Em vez disso, dependem de várias entidades a convergir eficientemente para uma, o que não é tarefa fácil dado que são diferentes pessoas, clientes, dados, sistemas de informação e processos.

Por conseguinte, um dos primeiros itens de uma lista de tarefas pós-fusão típica deve ser a consolidação do reporting. Além disso, sem previsão e gestão eficaz da mudança que oriente o caminho, algo tão importante como a consolidação do reporting poderia escapar no processo de integração.

Para evitar tais erros, as partes devem concentrar-se na criação de uma estrutura para liderar os esforços pós-fusão, idealmente muito antes do fecho de um negócio. Essa estrutura deve centrar-se em quatro áreas principais:

  • Determinação de canais de comunicação entre equipas;
  • Criação e nomeação de pessoas específicas para um comité diretivo, equipas de integração e um gabinete de gestão de projetos;
  • Envolvimento com terceiros experientes para ajudarem e orientarem a integração;
  • Definição do estado final pretendido – atribuição de metas, objetivos e métricas relevantes à integração pós-fusão.

A criação de sistemas rápidos e fiáveis para funções críticas, tais como a consolidação do reporting, a identificação e definição de indicadores de desempenho operacionais (KPI’s), ou estar a par dos covenants da dívida torna-se subitamente infinitamente mais difícil sem essa estrutura em vigor. Felizmente, uma estratégia de integração de dados sólida aborda muitas, talvez mesmo a maioria, destas armadilhas comuns de integração.

Chave para eficiências de criação de valor

É muito fácil para um negócio falhar sem um plano de integração de dados devido a dados heterogéneos e sistemas desconectados. No entanto, escolher a abordagem certa para a integração de dados depende de diversas variáveis, incluindo os recursos disponíveis, os prazos e a complexidade, para citar apenas alguns. Ainda assim, a maioria das transações são melhor servidas por uma ou uma combinação de três soluções: equipas internas, ferramentas de automatização e especialistas externos.

Equipas internas

Graças à autossuficiência envolvida e à potencial poupança de custos de implementação, uma abordagem “faça você mesmo” para a integração de dados é geralmente apelativa. No entanto, tal estratégia requer conhecimentos específicos internos para identificar as ferramentas certas, implementá-las e, em seguida, integrá-las nos processos da organização. Ao longo do caminho, as entidades arriscam-se a perder pessoas-chave e conhecimento crítico quando os prazos comprimem, a paciência diminui e os níveis de stress aumentam.

Ferramentas de automatização

Assumindo que as partes identificam e implementam as melhores ferramentas de automatização para as suas necessidades, o resultado é escalável, transparente e fiável. Igualmente importante, a automatização fornece inteligência empresarial em tempo real aos dirigentes, geralmente através de uma app ou de um dashboard na web num dispositivo móvel.

Especialistas externos

Muitas organizações recorrem agora a especialistas para identificar, implementar e manter as ferramentas adequadas de integração de dados para necessidades e objetivos específicos. Os líderes empresariais não têm de se preocupar em escolher as ferramentas erradas ou em confiar em equipas internas para papéis críticos.

Em vez disso, os especialistas certos familiarizam-se com os dados mais complexos e com as necessidades particulares de integração e estabelecem um roteiro para chegar a esse estado ideal no futuro. É claro que os custos de implementação recorrendo a um terceiro podem ser mais elevados do que uma abordagem “faça você mesmo”. Qualquer decisão deve incluir restrições orçamentais, competências internas e complexidades operacionais.

No entanto, um plano eficaz de integração pós-fusão não se trata simplesmente de começar a correr. Também se deve concentrar em estratégias de longo prazo, incluindo o uso das melhores ferramentas de gestão de dados e iniciativas de transformação financeira para a nova entidade – ERP, CRM e automatização de processos robóticos, para citar três.

 

Adaptado de: “Data Integration Drives Successful Mergers“, por Stacy Galligan, diretora geral da empresa de consultoria de negócios Embark, publicado em CFO News em 16 de maio de 2022.



Deixe uma resposta