3 obstáculos em fusões e aquisições que os CFOs devem evitar

Decidir avançar com uma fusão da empresa é um esforço de equipa — e um dos membros mais indispensáveis dessa equipa é o CFO.

Outros membros da equipa executiva poderão apresentar ideias inovadoras, experiência de vendas ou a capacidade de avaliar a estratégia de longo prazo. Mas quando se trata da negociação, o CFO apresenta algo igualmente valioso — dados que fornecem o conhecimento necessário para que os outros membros da equipa tomem decisões informadas.

Para os CFOs que querem contribuir positivamente para o processo de M&A, ajuda entender que situações podem, por vezes, correr mal. Aqui estão três obstáculos comuns que podem complicar um negócio, antes ou depois dos papéis serem assinados.

  1. Paralisia da análise

Como CFO, as pessoas confiam que seja a pessoa que está exatamente certa. Números errados não são aceitáveis ​​como resultado de trabalho. Mas ao avaliar um candidato para uma fusão ou aquisição, é provável que esteja a trabalhar com algumas informações incompletas ou imperfeitas — embora muitos detalhes se tornem mais claros quando se aprofunda uma oportunidade.

Numa profissão baseada na certeza, a falta de detalhes sólidos pode, compreensivelmente, deixar uma pessoa hesitante. Mas não deixe que o “perfeito” se torne inimigo do bom. Esperar por uma situação ideal de M&A pode impedi-lo de explorar uma oportunidade que é realmente melhor do que imagina.

Evitar este obstáculo implica encontrar uma maneira de separar os factos conhecidos dos aspectos de um negócio que podem ser mais vagos. Por vezes, quando se trata de dar o próximo passo para saber mais sobre uma oportunidade, “bom o suficiente” é uma referência aceitável. Em vez de adiar uma ação até que possa dar um grande passo, dê prioridade à aprendizagem sobre o conhecimento.

  1. Ser excessivamente cético sobre um negócio

A maioria das oportunidades de negócio não vão avançar por um motivo ou outro. Em alguns casos, o CFO pode identificar imediatamente sinais de alerta num determinado negócio e comunicar ao grupo mais cedo do que deveria. O CFO deve assumir a responsabilidade de fornecer informações precisas ao grupo sobre um potencial negócio, mas não deve assumir a responsabilidade de ser o cético ou o opositor do grupo. Ninguém deve pressionar para abandonar um negócio antes que o grupo tenha a oportunidade de ouvir todos os factos disponíveis — sejam bons ou maus. Após o CFO fornecer essa informação, o grupo deve estruturar a sua tomada de decisão para que todos os membros da equipa executiva sejam ouvidos e as ideias e preocupações de todos sejam avaliadas de forma justa.

  1. Implementação atrasada da integração financeira

Após a conclusão de um negócio, um CFO desempenha um papel fundamental na integração pós-fusão e a forma como aborda esse processo pode fazer uma grande diferença na eficácia futura da empresa. O obstáculo aqui reside em permitir que outros aspetos do trabalho de integração tenham precedência sobre o trabalho de integração financeira.

Logo após a conclusão de um negócio, há muitas componentes em movimento e, por vezes, uma equipa executiva terá divergências de opinião sobre a ordem das prioridades. É fácil para o responsável financeiro permitir que a sua lista de tarefas seja deixada de lado em prol de outras tarefas necessárias, como alcançar objetivos de vendas.

Mas o conhecimento para a tomada de decisão pós-negócio é extremamente importante, e a capacidade de o fazer é dificultada se, por exemplo, ambas as empresas não estiverem no mesmo sistema contabilístico, ou se as contas a receber e as contas a pagar não estiverem integradas. Quando a integração financeira é adiada, pode levar a um efeito dominó sobre outros aspetos de uma empresa. Também é importante ter dados atempados para toda a empresa para que a equipa executiva possa reagir a situações externas que inevitavelmente surgirão. Se o departamento financeiro se permitir tornar numa segunda prioridade na integração pós-fusão, não poderá fornecer o conhecimento que permite a empresa fazer as alterações necessárias.

Assumir risco calculado

O processo de M&A pode levar meses de esforços concentrados, desequilibrando todos numa empresa e exigindo uma série de decisões importantes e urgentes. Embora o elemento de risco não possa ser completamente mitigado, pode ser minimizado pelo conhecimento fornecido pelo CFO da empresa.

 

Adaptado de: “3 M&A Pitfalls CFOs Must Avoid“, por Frank Williamson, CEO da Oaklyn Consulting, uma empresa de consultoria que ajuda as empresas e organizações sem fins lucrativos com fusões, aquisições, aumentos de capital, relações com investidores, sucessão e outras decisões estratégicas, publicado em CFO News em 25 de julho de 2022.



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