3 funções que os CFOs devem aprender para serem um player no processo de M&A

Os CFOs trazem factos e certezas ao processo de tomada de decisão da empresa. Não é de surpreender que a diligência e a precisão com que executam as suas tarefas diárias também os tornem indispensáveis numa fusão ou aquisição.

Mas ser um player no processo de M&A significa perceber tanto as áreas em que podem dar um contributo relevante como aquelas em que devem recuar. Embora seja crucial que o CFO tenha voz na tomada de decisão, devem perceber que o seu papel é apresentar factos e ser um facilitador — não um defensor de que a sua opinião pessoal é o melhor resultado.

Aqui estão três funções importantes que os CFOs devem desempenhar durante um processo de M&A.

  1. Chief Measuring Officer

A essência do trabalho de um CFO é analisar os dados de uma empresa. Ao fornecer uma base de informações precisas e ajudar outros executivos a perceber o seu significado, o CFO permite que esses membros da equipa tomem decisões informadas que orientam o futuro da empresa.

Ao avaliar uma oportunidade de M&A, o CFO deve fornecer métricas claras sobre o potencial impacto do negócio na empresa. Além de assumir a responsabilidade pela comunicação dos princípios contabilísticos geralmente aceites, o CFO precisa de recolher informações desses dados para orientar o diálogo.

Desempenhar o papel de “chief measuring officer” também significa defender os recursos e a cooperação em toda a empresa necessários para fazer avaliações eficazes.

  1. Não fazer suposições; recolher suposições e validá-las

As suposições acontecem, frequentemente, nos negócios e na vida, muitas vezes sem que nos apercebamos. Mas durante o processo de M&A, o essencial para uma tomada de decisão lúcida é identificar essas suposições e, em seguida, descobrir se são válidas. O CFO pode assumir a liderança neste processo.

Em primeiro lugar, defina o enquadramento básico para a análise e as projeções financeiras e ajude os colegas a percebê-lo. Pergunte aos colegas quais as suas suposições sobre um negócio e, em seguida, faça uma pergunta: “O que seria preciso para que fosse verdade?” Finalmente, envolva o membro mais cético da equipa diretiva e descubra o que seria preciso para convencê-lo.

Com raras exceções, o CFO deve evitar assumir o papel do cético, o qual compromete o seu papel objetivo e obriga os outros a ter de o convencer. Em vez disso, defina os níveis de prova para todos e garanta que quaisquer testes são realizados fidedignamente; isto é consistente com ser um chief measuring officer.

  1. Facilitar a tomada de decisão

As pessoas que são prudentes, orientadas para o detalhe e analíticas tendem a destacar-se como CFOs. Estas qualidades fazem de um CFO o membro mais lógico da equipa executiva de tomada de decisão para atuar como um facilitador durante o processo de M&A.

A par deste papel de facilitador, o CFO também atua, frequentemente, como intermediário da empresa com os bancos, os investidores ou outros financiadores. Tendo esta perspetiva adicional é essencial que um CFO diga quais as condições que estas partes interessadas têm para apoiar as decisões da equipa e o que a equipa terá de fazer para satisfazê-las.

De todas as pessoas que participam na tomada de decisão da empresa, o CFO tem o maior poder de influenciar o resultado de um negócio. Embora possa ser tentador permitir que as opiniões pessoais entrem no diálogo, manter o foco nos factos disponíveis e facilitar um processo respeitoso e organizado, torna mais provável que a decisão final seja apoiada por todos na equipa.

 

Adaptado de: “3 Roles CFOs Must Learn to Be an M&A Player“, por Frank Williamson, CEO da Oaklyn Consulting, uma empresa de consultoria que ajuda as empresas e organizações sem fins lucrativos com fusões, aquisições, aumentos de capital, relações com investidores, sucessão e outras decisões estratégicas, publicado em CFO News em 22 de agosto de 2022.



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