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4 mudanças que redefinem a forma como as finanças criam valor sustentável

Nos últimos dois anos, registaram-se mudanças significativas na forma como o valor da empresa está a ser definido. Fatores como a rápida evolução e expansão da tecnologia e a alteração dos métodos de trabalho levaram as finanças a reconsiderar e a redefinir o seu papel. Esta redefinição proporciona novas oportunidades para os profissionais de finanças criarem valor para as suas empresas, especialmente na área da sustentabilidade.

Com o aumento da procura por parte dos investidores e partes interessadas de divulgações mais transparentes sobre a sustentabilidade, juntamente com o aumento da regulamentação e normas referentes ao relato sobre sustentabilidade, as empresas já não se podem centrar apenas nos lucros para garantir o sucesso. A ascensão do ativismo social e de investidores está a alterar a forma como as empresas criam valor e alcançam prosperidade a longo prazo. Ao tornarem-se mais transparentes no seu relato sobre sustentabilidade, as empresas não só respondem às preocupações sociais e ambientais dos investidores, como também podem melhorar a sua reputação, reforçar a confiança dos consumidores e ainda abrir caminho a novas inovações.

Para ajudar nesta alteração de orientação, as finanças devem adotar mudanças na sua gestão dos horizontes temporais, dos capitais, das relações e dos modelos de negócio.

O desenvolvimento de novas capacidades para apoiar estas mudanças — incluindo dados e análises, tecnologia e automação, e competências humanas do século XXI — ajudará a função financeira não só a redefinir o seu papel, mas também a expandi-lo para se tornar uma parte integrante da empresa, enquanto o relato e a divulgação sobre sustentabilidade continuam a evoluir.

As quatro mudanças necessárias dizem respeito a:

Gestão do horizonte temporal — As finanças precisam de ir além dos limites tradicionais da rentabilidade da empresa a curto prazo para compreender e apoiar a criação de valor a médio e longo prazo. A gestão do desempenho deve mudar de ciclos anuais para perspetivas de médio e longo prazo. Os cenários referentes ao planeamento e à previsão a longo prazo precisam de abranger períodos de tempo significativamente mais longos.

Gestão de capitais — As finanças precisam de expandir além da sua capacidade de gestão dos capitais tangíveis, financeiro e produtivo. No seu papel redefinido, as finanças devem criar estruturas e capacidade para gerir os capitais intangíveis, como social e relacional, intelectual, humano e natural. Para tal, são necessários novos KPIs e métricas de medição que acompanhem o desempenho e a geração de valor destes ativos intangíveis.

Gestão de relações — Além das suas relações tradicionais com as entidades reguladoras, os contabilistas de gestão precisarão de aprender a gerir relações com as partes interessadas, como investidores e intermediários de crédito. Também precisarão de expandir a sua gestão de relações de modo a chegar cada vez mais aos clientes, distribuidores, fornecedores, colaboradores, comunidades e governos. Ao desenvolver e gerir estas relações, as finanças podem contribuir para a criação de valor significativo para a empresa.

Gestão do modelo de negócio — Tradicionalmente, a função financeira tem-se centrado predominantemente na dimensão dos custos e das receitas no âmbito do modelo de negócio. Os contabilistas de gestão devem agora reconhecer a necessidade imperativa de a função financeira criar valor através de um maior envolvimento e parceria no modelo de negócio da empresa. São necessárias novas capacidades e competências para participar em outras dimensões do modelo de negócio que definem a forma como uma empresa cria e entrega valor. As finanças devem associar o desempenho ao propósito e envolverem-se na conceção e entrega da sua proposta de valor para o cliente e na cultura da empresa e da sua plataforma digital.

Cause impacto

Enquanto líderes financeiros, devemos compreender que a sustentabilidade é muito mais do que relato. Tem implicações no modelo de negócio de uma organização e na forma como o valor é definido, criado, entregue e capturado.

O ponto de partida de cada modelo de negócio é a forma como o valor é definido e a definição de valor é determinada pelas suas diversas partes interessadas. A sustentabilidade e fatores ESG influenciam agora fundamentalmente a forma como as partes interessadas definem o valor e, como consequência, impactam a forma como uma empresa irá utilizar os recursos para criar valor.

As decisões referentes à alocação de recursos, tanto a curto como a longo prazo, precisam de ter em conta a sustentabilidade e fatores ESG, como a descarbonização e a utilização de recursos naturais. A sustentabilidade tem implicações significativas no valor da empresa.

Os profissionais de finanças têm uma oportunidade única de desenvolver este processo de redefinição do valor. E das próprias finanças. Para o mundo sustentável do futuro.

Relato integrado e empresas sustentáveis

Um relatório integrado conta uma história mais completa sobre a forma como uma empresa cria valor a curto, médio e longo prazo. Cria uma narrativa holística de uma empresa além dos aspetos financeiros e ajuda a organização a unir os pontos entre os silos, impulsionando o pensamento, o planeamento e o desempenho integrados.

O relato integrado incorpora informações materiais relacionadas com a sustentabilidade e proporciona insights significativos sobre a utilização e os impactos de uma organização no capital tangível, como o financeiro e o produtivo, bem como sobre os elementos intangíveis de uma empresa, como o seu capital humano, intelectual, social e relacional e natural.

As normas de divulgação sobre a sustentabilidade, IFRS S1 e S2, emitidas pelo International Sustainability Standards Board, baseiam-se nos conceitos da Estrutura de Relato Integrado. Quando utilizados com estas normas, os relatórios integrados proporcionam informações úteis para a tomada de decisões por parte dos investidores e ajudam a melhorar a eficiência dos mercados de capitais através de informações de maior qualidade relacionadas com o modelo de negócio, riscos e oportunidades, estratégia e alocação de recursos, e desempenho e perspetivas de uma empresa.

 

Adaptado de: “4 shifts redefining how finance creates sustainable value“, por Ash Noah, CPA, CGMA, FCMA, vice-presidente e diretor-geral – Aprendizagem, Educação e Desenvolvimento na AICPA & CIMA, conjuntamente com a Association of International Certified Professional Accountants, publicado em FM magazine em 07 de agosto de 2024.



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