6 ações para ajudar os CFOs a impulsionar e a atingir os objetivos de capitalização das empresas

A seguir estão seis ações prescritivas que podem ajudar os líderes financeiros a impulsionar e a atingir os seus objetivos de capitalização das empresas neste período de incerteza.

1. Versão única da verdade. Para a sua equipa financeira, a consistência é fundamental. Todos os membros têm de estar na mesma página em relação aos números — ambiguidades ou narrativas contraditórias simplesmente não são suficientes. As boas equipas de liderança garantem que todos, desde o CFO ao chief revenue officer e ao controller, compreendem as métricas corretas e partilham uma história consistente. Ter uma versão única da verdade é crucial tanto para o alinhamento interno como para as comunicações externas, sobretudo quando se procura financiamento.

2. A importância de um sistema integrado. As organizações de topo operam com uma fonte única da verdade. Um sistema integrado em que o Chief Revenue Officer (CRO) e o CFO estão alinhados em termos de números é essencial. Este alinhamento não só simplifica o relato, como também fortalece a narrativa estratégica apresentada aos potenciais investidores e à liderança interna. É essencial ter um conjunto de números consistente e preciso em relação ao qual todos tenham visibilidade, eliminando assim departamentos isolados e promovendo uma melhor tomada de decisão e planeamento estratégico.

3. Articular a estratégia financeira. Há uma abundância de capital disponível. No entanto, o desafio reside na forma como os líderes financeiros comunicam as suas histórias. Embora nos últimos dois anos tenhamos visto os CFOs tecnológicos a serem diligentes na conservação de recursos, a austeridade perpétua não é sustentável. É altura de dar prioridade ao crescimento, mas não a todo o custo. O crescimento sustentável e a saúde financeira comprovados estão a diferenciar as empresas aos olhos dos investidores. É essencial provar os sucessos passados e delinear estratégias claras para a aplicação de capital.

4. Preparar para atividades de M&A. Os CFOs precisam de ser proativos, garantindo que as suas empresas estão preparadas para aproveitar as oportunidades quando estas surgem. Uma due diligence adequada é essencial, mas pode inviabilizar negócios para aqueles que não estão preparados para o que pode ser encontrado. Quer a sua empresa pretenda adquirir ou vender, os CFOs de ambos as partes precisam de estar preparados com documentação, relatórios e considerações regulamentares.

5. De observadores a agentes de mudança. Já lá vai o tempo em que os CFOs podiam apenas observar do lado de fora. Em 2024, os CFOs devem envolver-se ativamente no jogo, colaborando estreitamente com outros líderes empresariais para informar e analisar dados financeiros. O seu papel já não se limita a relatar a pontuação, mas evoluiu para impulsionar a estratégia que conduz à vitória. Os CFOs devem fazer a transição de observadores passivos para participantes ativos na tomada de decisões estratégicas, aproveitando as informações dos dados para impulsionar a empresa.

6. Envolver o conselho de administração. Nos dias de hoje, os conselhos de administração exigem mais do que apenas informação — procuram um envolvimento ativo. Como CFO, o seu objetivo não pode ser simplesmente medir o ROI ou fornecer um relatório detalhado ao conselho de administração. O que pretendem é que transforme os dados em informações práticas que levam a empresa para a frente. Os conselhos de administração pretendem cada vez mais discussões envolventes e baseadas em dados, portanto, os CFOs precisam de estar preparados para apresentar os dados de forma convincente e envolvente.

O caminho a seguir

Embora o capital se encontre disponível, o desafio para muitas empresas, neste momento, é a sobrevivência num contexto de expectativas mais elevadas ou de barreiras à obtenção de financiamento e de um abrandamento nos IPOs e nas negociações. No entanto, aquelas que atravessarem este período com sucesso podem esperar um crescimento futuro. Existem dois tipos de CFOs: o CFO estratégico e o CFO operacional. Muitos CFOs podem acreditar que são ambos, mas nem sempre é assim. No contexto atual, os melhores CFOs conseguem identificar quem e o que as suas empresas precisam que eles sejam — encontrando, muitas vezes, um meio termo para se concentrarem no unit economics e na tomada de decisões informadas, mantendo um olhar estratégico sobre o futuro para impulsionar o valor e o crescimento.

 

Adaptado de: “6 actions to help CFOs drive and achieve fundraising goals“, por Dean Quiambao, sócio e líder de mercado do norte da Califórnia na empresa de contabilidade e consultoria Armanino, publicado em CFO News em 15 de agosto de 2024.



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